Há alguns dias, eu estava lendo o resultado de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sobre feedback. Apesar da diferença cultural e linguística entre aquele país e o Brasil, a percepção dos participantes americanos deve ser bem similar àquela que, imagino, seria a resposta dos profissionais brasileiros no que diz respeito ao reconhecimento profissional.

De acordo com o estudo efetuado nos Estados Unidos pela Office Vice, uma empresa de employee engagement, conclui-se que:

  • 69% dos empregados consideram que se fossem reconhecidos poderiam trabalhar mais e melhor e;
  • 48% afirmam que havendo mais reconhecimento diminuiriam os pedidos de demissão;
  • 77% dos Diretores de Recursos Humanos acham que as avaliações anuais não refletem a verdadeira performance dos empregados e;
  • 92% pensam que o feedback, mesmo sendo negativo, tem impacto positivo no desempenho e,
  • 83% dos Millenials afirmam que o feedback que recebem não tem grande significado para eles.

Portanto, a grande maioria dos profissionais que participaram do estudo apontaram três pontos críticos:

  • importância do reconhecimento,
  • disparidade das avaliações em relação à realidade e
  • qualidade dos feedbacks.

Certamente esses números refletem os sentimentos dos participantes do estudo. Assim, vamos buscar entender o que está por trás desses dados.

1 . O reconhecimento profissional como fator motivacional
Acima de tudo, o reconhecimento permite que o profissional se mantenha focado nos resultados que está buscando e comprometido com o trabalho que está sendo executado.

Assim como as avaliações formais são necessárias, aquele reconhecimento dado de forma verbal ou através daquela mensagem por e-mail têm grande efeito.

2. E as avaliações desconectadas?
Ao estabelecer um sistema avaliativo para seus colaboradores, as Organizações realizam investimentos para a implantação de sistemas e metodologia. Assim como demanda tempo de todos os profissionais envolvidos.

No entanto, um texto padrão com elogios genéricos é formalizado. Dessa maneira, não refletem os resultados apresentados pelo avaliado durante o período. Ora são superficiais e não contemplam todos os pontos a serem abordados; ora carecem de qualquer identificação de ponto forte ou de melhoria.

3. O feedback encerrando o processo?
Certamente não adianta somente conversar no início e no final e ignorar o dia a dia do trabalho. Desta forma, as conversas frequentes e as trocas de insights constantes vão assegurar que todos e tudo continuam na mesma página.

E assim, fará sentido que o feedback seja o término do processo? O segredo de tudo é que feedback nunca pode ser o final do processo.

Acima de tudo, ele dever ser um passo dado várias vezes ao longo do trabalho. Os envolvidos têm que informar:

  • o que está acontecendo,
  • quais as dificuldades,
  • como as ideias estão se moldando à prática,
  • onde o processo está travando,
  • quando o cronograma deve ser alterado.

Desta forma, o momento conhecido como feedback vai arrematar o quanto das expectativas se tornaram realidade.
A partir do momento em que os feedbacks reflitam o genuíno interesse pelo desenvolvimento profissional; certamente teremos diferenças expressivas nos resultados de um novo estudo sobre o tema.

Quer saber mais sobre carreira e desenvolvimento profissional? Então também leia sobre http://protalent.com.br/que-profissional-as-empresas-estao-buscando/

Por Fernanda Rodello

 

fósforo carreira

Vou descrever uma situação corriqueira na carreira de grande parte dos profissionais:

Nos primeiros anos da carreira toda explicação era anotada, alguns livros técnicos de muitas páginas foram comprados.Herdamos material (geralmente xerox) com anotações nos cantos das páginas e quebrarmos muito a cabeça para entender a planilha excel. Os gráficos, o texto complexo e tão cheio de palavras que não vimos na faculdade.

O que interessava naquele momento era dominar todos os aspectos técnicos do seu trabalho. Saber todas as discussões, teses, atualizações sobre a sua área de atuação. O som mais agradável aos ouvidos era o do feedback confirmando que o profissional estava entendendo tudo o que tinha que ser feito e realizava com maestria cada página do relatório. As seguidas promoções eram inevitáveis e só confirmavam que o caminho era promissor.

Então chegou o momento que o profissional vislumbrava desde o início: a posição gerencial acompanhada do combo completo! Ter sua própria equipe; ser o principal responsável por parte do processo (ou por ele inteiro); reportar diretamente para o Presidente da Empresa; ter sua carteira de clientes; palestrar em seminários para compartilhar suas experiencias. Tudo como programado e, algumas vezes, confirmado para outros profissionais com a mudança do novo gerente para uma sala envidraçada e com vista para a área verde ao lado do escritório.

E assim finda um caminho promissor.

Passam-se anos e o profissional não recebe nenhuma promoção; A equipe foi reduzida pela metade porque parte foi trabalhar no concorrente ou vivem doentes; A carteira de clientes vem minguando nos últimos tempos apesar das notícias do aquecimento da economia; As palestras se restringiram à duas participações em que ele se desentendeu com algumas pessoas da plateia. E ele tenta entender o que isso tem a ver com a avaliação formal que ele recebeu.

Mas e agora? O que fazer com minha carreira?

Sobretudo, uma avaliação formalizada pode contribuir com seu desempenho. Tente avaliar se o feedback que recebeu, colabora para:

  • Melhorar comunicação com equipe, pares e clientes
  • Desenvolver liderança
  • Participar do treinamento de “Técnicas de negociações”
  • Não administrar conflitos internos
  • Ausência em todos os cursos e treinamentos para os quais foi indicado.

O que esse profissional ainda não tinha entendido é que, uma carreira se assenta sob uma base técnica forte e consolidada, no entanto, essa carreira só deslancha quando o profissional é capaz de analisar situações, fatos e pessoais; comunicar-se de forma assertiva e empática; administra emoções e comportamentos de forma que o diálogo, a cooperação e o respeito sejam uma constante e toma decisões com determinação e flexibilidade.

Em outras palavras: assim como as competências técnicas são aprendidas, treinadas e aperfeiçoadas, também é possível (e necessário) desenvolver as competências socioemocionais de um profissional.

Quer saber mais sobre o quanto as suas emoções impactam a sua carreira? Então leia o artigo “Que profissional as empresas estão procurando?”

Por Fernanda Rodello

mulher no deserto

Por um lado: equipe frequentemente estressada e constantes afastamentos médicos. Por outro lado, parece que nas reuniões de avaliação o principal comentário sobre os seus gestores é que eles são excelentes técnicos, mas que:

  •  “Estouram com facilidade”
  •  “Não sabem dar feedback”
  •  “Não sabem ouvir seus pares”
  •  “Não conseguem liderar a equipe”
  •  “Não interagem com o pessoal do outro departamento”

 

Se esse cenário te parece familiar, isso significa que você pode contar com uma equipe experiente, mas que ainda não desenvolveu as chamadas “competências socioemocionais”. Em outras palavras, sua equipe possui um bom conhecimento técnico mais ainda não explorou seu potencial para desenvolver competências que favoreçam:

  •  As relações interpessoais;
  •  A administração de conflitos com o time, os pares, os clientes;
  •  A tomada de decisão de forma mais assertiva;
  •  Antecipar as demandas dos clientes internos e externos.

 

Essas competências podem ser aprendidas pelos colaboradores e colocadas em prática no dia a dia das Organizações, de forma a trazer mais eficiência na rotina dos profissionais e melhorar os
resultados das Empresas.

Google, Facebook, TAM, Nestlè e Deustche Bank. Estas são algumas das muitas empresas que tem seguido esse caminho na busca pelo entendimento do que garante ao profissional:

  •   Ter mais eficiência;
  •   Trabalhar em equipes com bons resultados;
  •  Ter bom desempenho;
  •  Manter o foco;
  •  Desenvolver a criatividade;
  •  Alcançar ótimos índices de produtividade.

Afinal, como desenvolver um profissional?

O resultado de anos de pesquisas desenvolvidas por décadas por psicólogos, estatísticos e engenheiros indicaram na mesma direção. Portanto, o caminho é desenvolver as habilidades que permitam aos gestores reconhecer os esforços dos seus colaboradores, dar feedback continuo, encorajar a autonomia, compartilhar ideias e trabalhar de forma colaborativa.

 

Assim, é possível ter esse caminho como norteador para que outras empresas deem o passo decisivo em direção a uma geração de profissionais com uma mente produtiva e engajada.

Por Fernanda Rodello

be-different

Segundo pesquisa, 70% estão insatisfeitos com as oportunidades de carreiras que suas empresas oferecem

Diante desse cenário, nos vemos no momento de assumir o protagonismo da nossa própria carreira. Assim, podemos garantir que estejamos com o papel principal nos acontecimentos da nossa atividade profissional.

Se procurarmos no dicionário, protagonista é o personagem mais importante, que possui destaque numa situação ou acontecimento. E é fácil entender seu  significado na prática quando visualizamos a carreira artística. Onde ser o protagonista do filme ou da novela é um significativo sinal de sucesso na profissão.

Mas como assumir-se como protagonista da própria carreira? Veja a seguir os 4 passos que te ajudarão a ser o protagonista de sua carreira:

1. Seja a pessoa certa quando o momento certo chegar

Desenvolver novas atividades, assumir outra posição ou uma equipe maior, criar um produto novo enfim, a chance de crescimento profissional pode aparecer a qualquer momento, em situações que o profissional mesmo buscou ou decorrentes de movimentos da Empresa ou do mercado que fogem ao controle do profissional.

Entretanto, o protagonista profissional deve estar preparado para ser a pessoa certa quando se momento chegar. E a pessoa certa será aquela que tiver maior preparo e mais condições de assumir aquele desafio. O conjunto formado pela experiência profissional, os conhecimentos técnicos, os resultados já alcançados e as competências socioemocionais é que vão determinar qual  profissional estará mais apto a avançar na carreira.

2. Aproveite as oportunidades de aprendizado na sua Empresa

O profissional deve aproveitar todas as oportunidades que o empregador propicia para o seu aprendizado. Seja nos detalhes da atividade diária ou nos treinamentos que são disponibilizados; seja no grupo de recém contratados ou nos profissionais mais experientes que já sabem os “pulos do gato”; seja nas adversidades da carteira de clientes ou nas demonstrações de motivação dadas pela sua equipe.

Aproveitar todas essas fontes de aprendizado dentro da Organização permite que o profissional abasteça seu patrimônio profissional com riqueza de experiências que sempre agregam  conhecimento.

3. Autoconhecimento

O profissional que busca alta performance precisa desenvolver um autoconhecimento com o objetivo de identificar os seus talentos. Os seus “gaps” e que conhecimentos precisa buscar a fim de alcançar o patamar profissional que deseja.

Ao assumir-se como protagonista da sua carreira, o profissional também assume a responsabilidade pelo seu desenvolvimento pessoal e compreende o quanto esse desenvolvimento impacta, positivamente, a sua vida profissional.

E mesmo não é possível adivinhar quais serão todos os requisitos definidos para a sua próxima oportunidade, é totalmente viável preparar-se para ser o profissional melhor e mais completo do que a última vez em que você se candidatou a uma vaga.

4. Fique atento ao mercado de trabalho

O protagonista da sua própria carreira está sempre atento ao mercado de trabalho para entender quais as atuais demandas, como ele pode se aperfeiçoar, o que seus concorrentes ou pares estão aprimorando e definir claramente o que o mercado pode oferecer para que ele se aperfeiçoe cada vez mais.

Portanto, familiarizar-se com os termos mais usados (protagonismo, competências socioemocionais, alta performance, coaching, feedback, dentre outros) também ajuda o profissional a identificar o que ele já conhece ou o que pode ajudá-lo no desenvolvimento da carreira.

Assim, essa atualização também é um ótimo sinalizador para o profissional saber se está no caminho certo.

Por Fernanda Rodello

imagem empoderamento profissional

Qual seria o ponto em comum entre a visão de negócio que o empresário tem e o empoderamento profissional?

O “olhar do dono” mantém o empresário focado no crescimento da sua empresa, na movimentação dos concorrentes, nas possibilidades de novos negócios ou produtos e nas demandas cada vez mais inéditas trazidas pelos clientes.

As Empresas já têm claramente a ideia de que precisa se antecipar ao movimento do mercado econômico, político e tecnológico. Manter o foco nesses aspectos favorece o fortalecimento dos negócios e consequentemente o crescimento da Empresa.

imagem empoderamento profissional

Por que o profissional não pode olhar para sua carreira da mesma forma que o empresário olha sua empresa?

Na medida que o profissional entende que a carreira é o seu patrimônio, o desenvolvimento de seu “olhar do dono” passa a ser usada cada vez com mais fluidez. Assim, o profissional busca  identificar respostas para os seguintes questionamentos:

  • Qual a sua meta de crescimento profissional?
  • O que seus pares estão fazendo de certo e de errado?
  • Quais novas formas de realizar sua atividade ou quais novas atividades ele pode realizar?
  • Quais conhecimentos ou competências ele pode ou precisa adquirir para aumentar sua produtividade ou qualidade do “produto final”?
  • Como identificar quem são seus clientes? E como surpreendê-los com um serviço cada vez melhor e que atende às suas necessidades?
  • Quais os fatores externos que podem afetar, positiva ou negativamente, sua carreira?

 

A partir do momento que o profissional adota essa visão de dono da sua própria carreira, ele entende a real dimensão do que significa gestão de carreira. Desse modo ele passa a administrar esse patrimônio de forma bastante consciente.

É dessa forma que o profissional assume a direção que sua carreira vai tomar, o quando ele pode se desenvolver e, inclusive, começa a forma uma ideia muito clara de quanto o seu “produto” pode ser afetado por condições externas, as quais ele não pode controlar.

Quando o empoderamento  transparece no cotidiano?

O profissional se torna empoderado quando assume a responsabilidade sobre a sua carreira e a consequência mediata dessa tomada de poder é ser capaz de direcionar sua atividade profissional no caminho que lhe traga satisfação e realização pessoal. Assim, é possível alinhar sua carreira aos valores que norteiam sua vida. Também fica mais evidente para o profissional o quanto ele está oferecendo ao mercado e o quanto o seu produto pode ser adaptável aquelas circunstâncias do imponderável.

Portanto, se você chegou até esse ponto da leitura e já vislumbra sua carreira como um negócio promissor, mas ainda não tem idéia do que  ponto de partida para montar o seu plano de negócios. Sugiro que você comece pelo retorno que seus clientes já te deram. Em outras palavras, considere os feedbacks que você recebeu até agora. Assim você encontrará valiosas dicas do que pode aperfeiçoar em seu produto ou serviço.

Por Fernanda Rodello

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