Sua carreira está sob trilhos ou trilhas?

Frequentemente deparo-me dando orientações sobre a dificuldade de lidar com os diferentes estilos de colaboradores, demonstrando afinidade com uns e divergência com outros. Sempre existe o colaborador preterido e o preferido. Porém, isso  pode gerar muitos conflitos na equipe e até mesmo confrontando os valores pessoais dos líderes.

 

Neste momento tento identificar em que tipo de cenário este gestor se encontra e que tipo de profissional este líder é: se o profissional que procura constantemente por “espelhos” ou se o que se sente atraído pelas diferenças.

 

Como um líder pode desenvolver melhor sua careira?

Precisamos levar em consideração, os diferentes tipos de líderes. Alguns buscam ter colaboradores semelhantes a si, enquanto outros procuram colaboradores diferentes de si.

 

O líder que procura ter ao seu lado colaboradores que sejam semelhantes a si, normalmente tem disponibilidade para ensinar. Costumam ser pessoas que tem o real desejo de ver as pessoas crescerem em suas carreiras. Porém, que não se afastem muito dos seus modelos mentais e crenças. São pessoas que querem replicar o seu modelo porque acreditam que: “se deu certo com eles, pode funcionar com os outros também”. Mas nessa postura costumam sufocar os colaboradores e cobrar os desvios de rota. Se o colaborador tenta ter uma iniciativa diferente da que ele próprio acredita, o líder tende a tolher a iniciativa. Fica mais perigoso ainda quando este “líder” se vê em risco, ou seja, quando a “Criação” supera o “Criador”. Nesse momento o colaborador começa a ser uma ameaça para este pseudo-líder. E é essa a hora desse colaborador continuar a crescer sozinho.

 

O outro tipo de líder, que está interessado em ter pessoas diferentes de si mesmo, já parte de um princípio totalmente diferente: as diferenças agregam valor. É um líder que vê benefício em ter ao seu lado modelos mentais e competências distintas das suas, e que vai buscar dar ao colaborador uma TRILHA de crescimento e não um TRILHO que o aprisione. Esta é a grande diferença. Mesmo que o colaborador ouse em caminhos distintos do que o seu próprio líder escolheria, ele não será reprimido. Neste caso o colaborador sabe que o líder estará lá pronto para dar sua opinião, mas também para acolher opiniões diferentes. E neste caso a “Criação” nunca supera o “Criador”, porque eles não competem entre si, eles se complementam.

 

Mas como alinhar pessoas diferentes a um único objetivo?

Alinhar pessoas diferentes a um único objetivo com certeza é o grande desafio da liderança. Mas a chave não está em ter todas as pessoas de sua equipe pensando igual. A chave está em associar valores, desejos e propósitos aos objetivos. Falaremos disso depois…

 

E você? Que tipo de pessoas você prefere ter ao seu lado, ou em sua equipe? Você enxerga as diferenças como agregadoras, ou prefere modelos mentais semelhantes aos seus?

Por Regiane Favaro